indice de mobilidade PSE Val mensais

 

No primeiro semestre de 2022 vivemos uma mobilidade com novas características. Muito em especial na Grande Lisboa, mas também no Grande Porto, vemos que a maioria das empresas opta por um modelo híbrido de trabalho. Isso traz um vasto conjunto de alterações na vida das pessoas e na mobilidade das cidades. Fora das grandes metrópoles a diferença praticamente não é relevante, face a 2019.

O Painel de Mobilidade da PSE afere a mobilidade e permite concluir que, nas duas principais cidades, há agora horas de ponta bastante menos intensas. Alguns trajetos tiveram uma redução de 50% do tempo, quando percorridos nos dias úteis das 8h as 10h. Por outro lado, há mais tráfego entre as horas de ponta, ao longo do dia, comparativamente ao que havia antes. Outra alteração foi no pico da hora de regresso a casa que se antecipou em uma hora e meia. Já não se justifica ficar no escritório até mais tarde, quando podemos continuar a trabalhar em casa agora, algo a que já nos habituamos.

Tudo isto é fruto de uma maior flexibilidade de horários laborais. É devido a essa maior flexibilidade que há mais transito entre as 10h e as 18h. Ou seja, globalmente fazemos um maior número de viagens, mas de duração mais curta, face a uma realidade pré-pandémica onde havia, sobretudo, movimentos pendulares “casa-trabalho-casa”.

Em consequência desta maior flexibilidade e da maior permanência junto à residência, há também mudanças no comportamento de compra, nos locais de compra e até nos locais de consumo horeca. A informação da PSE também estuda estes aspetos.

O Índice de Mobilidade da PSE afere todos os dias e a toda a hora a mobilidade dos portugueses com 15 e mais anos. Na prática é um painel com uma amostra representativa do universo em estudo, que aceitou instalar uma app que regista o seu comportamento de mobilidade a todo o momento. Este índice de mobilidade permite saber que no primeiro semestre deste ano a mobilidade dos portugueses, não só estabilizou, depois de dois anos atribulados, como está mesmo mais alta do que antes da pandemia, fruto, como dissemos, da maior flexibilidade de horários que o trabalho em regime de teletrabalho, ou em regime híbrido, traz à vida das pessoas.

 

Mobilidade maior = Mais audiência do outdoor

Havendo mais percursos realizados, ou seja, um maior número de viagens e sobretudo mais quilómetros percorridos, há um crescimento da mobilidade em mais 6,4%. Em consequência disso, vemos que há, para períodos comparáveis, um crescimento da audiência do outdoor de 6%, isto sempre face à realidade antes da pandemia. Usamos os mesmos períodos de análise para a mobilidade e para a audiência.

 

Audiência da publicidade exterior aumentou em 2022

Após dois anos de confinamento e limitações na mobilidade, finalmente em 2022 temos um valor de audiência semanal para o “outdoor” estável e até já 6% superior ao valor pré-pandemia, em média, em comparação similar de datas e de inventário das faces “outdoor”.

Analisando o primeiro semestre de 2022, e apenas em termos mensais, constatamos uma grande estabilidade nos valores de audiência da publicidade exterior. O que quer dizer também que a situação da mobilidade está igualmente bastante normalizada, nos termos e com as características que já descrevemos. Podemos falar, agora sim, num “novo normal”. Os valores mensais de audiência (GRPs) do setor da publicidade exterior foram os seguintes:

 

audiencia do outdoor ate junho 22 grps

Paulo Caldeira, PSE OOH Panel Manager

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